Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da PMDF, fica calado na CPI


Vieira e outros seis oficiais da PMDF foram presos em 18 de agosto após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8/1 ouviu, nesta terça-feira (29/8), o coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), cargo que ocupava na época dos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília no início deste ano. Vieira chegou fardado ao Congresso Nacional por volta das 9h desta terça. Na noite de segunda (28/8), o oficial conseguiu, após pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF), o direito de permanecer em silêncio durante a oitiva. A autorização foi concedida pelo ministro Cristiano Zanin. Com o documento em mãos, o coronel exerceu o direito e não respondeu às perguntas da relatora Eliziane Gama (PSD), a primeira na lista. Segundo ele, a explicação é que a defesa não teve acesso aos autos.
Vieira e outros seis oficiais da PMDF foram presos em 18 de agosto após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
As detenções atendem à denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que aponta omissão por parte dos militares no combate aos ataques do 8 de Janeiro. Antes disso, Vieira já havia sido detido em investigações relativas aos atos golpistas. Ele foi detido em 10 de janeiro, mas deixou a prisão dias depois, em 3 de fevereiro. A participação do militar na sessão desta terça atende a sete requerimentos de convocação. Entre os assinantes, estão os senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Izalci Lucas (PSDB-DF). “Em suma, como comandante e com acesso diário aos relatórios de inteligência, [Fábio Augusto Vieira] tinha conhecimento de que as manifestações eram fatos portadores de preocupação a exigir medidas preventivas efetivas na área de segurança pública, o que de fato não ocorreu, dado ao despreparo da PMDF e total falta de coordenação frente ao evento”, consta no requerimento apresentado por Girão.



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