Segundo dados do IBGE, taxa de desemprego do segundo trimestre de 2015 é a maior desde 2012


 

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Segundo dados divulgados pelo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira,25, a taxa de desemprego subiu no segundo trimestre de 2015 e chegou a 8,3%, esta é a maior taxa desde 2012. No primeiro trimestre deste ano, o índice foi de 7,9%.

A população desocupada, de 8,4 milhões de pessoas, subiu 5,3% frente ao primeiro trimestre e, ante o 2º trimestre de 2014, o avanço foi de 23,5%.

De acordo com o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, “Você tem aumento da taxa de desocupação, que vem em função de uma maior procura e uma geração de trabalho que não alcança isso. Ou seja, houve geração de posto de trabalho, mas é em inferior ao que seria necessário para manter a taxa estável ou haver redução”, analisou Cimar Azeredo, .

Já o nível da ocupação (que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar) foi estimado em 56,2% no 2º trimestre, permanecendo estável frente ao trimestre anterior e apresentando queda em relação ao 2º trimestre do ano passado, quando foi de 56,9%.

A população ocupada foi estimada em 92,2 milhões, estável frente ao primeiro trimestre e ao mesmo período de 2014. Segundo o IBGE, 78,1% dos empregados no setor privado tinham carteira de trabalho assinada, percentual estável em relação ao trimestre anterior e a igual trimestre de 2014.

Segundo o IBGE, a pesquisa mostrou aumento da procura por trabalho, 421 mil pessoas no trimestre, em comparação com o trimestre anterior, e 1,6 milhão em relação ao segundo trimestre de 2014.

A Pnad Contínua apontou ainda redução do contingente de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado, queda de 157 mil em relação ao trimestre anterior e 971 mil em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.

A análise também mostrou crescimento da participação dos trabalhadores por conta própria na população ocupada, 293 mil em relação ao trimestre anterior e 989 mil, em comparação com o segundo trimestre do ano passado.

Os números fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que substitui a tradicional Pnad anual e a Pesquisa Mensal de Emprego (PME). São investigados 3.464 municípios e aproximadamente 210 mil domicílios em um trimestre, informou o IBGE.
Nível de instrução

Segundo a pesquisa, a taxa de desocupação entre as pessoas com ensino médio incompleto era maior do que a verificada nos demais níveis de instrução, chegando a 13,8%. Entre o grupo de pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 9,7%, “mais do que o dobro da verificada para aqueles com nível superior completo (4,1%)”.

Por gênero e idade

Há diferenças significativas na taxa de desocupação entre homens e mulheres. A taxa de desemprego foi estimada em 7,1% para os homens e em 9,8% para as mulheres. A taxa de desocupação dos jovens de 18 a 24 anos de idade, de 18,6%, apresentou patamar elevado em relação à taxa média total (8,3%).

Regiões

No segundo trimestre, a região Nordeste foi a que apresentou a maior taxa de desocupação, de 10,3%, e a região Sul, a menor, atingindo 5,5%.
Em relação ao mesmo período de 2014, a taxa de desocupação cresceu em todas as regiões: Norte (de 7,2% para 8,5%), Nordeste (de 8,8% para 10,3%), Sudeste (de 6,9% para 8,3%), Sul (de 4,1% para 5,5%) e Centro-Oeste (de 5,6% para 7,4%). Entre as unidades da federação, Bahia teve a maior taxa (12,7%) e Santa Catarina, a menor (3,9%).

“Se a gente olhar em quase todas as regiões, a procura por trabalho foi forte, aconteceu. Principalmente na região Sul, 35,6%, 223 mil pessoas, é a maior entre as regiões [em comparação com o ano anterior]. A região Sudeste também merece destaque, puxada por São Paulo. A taxa de desocupação de São Paulo foi a mais alta da série, então, chama atenção o percentual de Porto Alegre, mas a região Sudeste, mas por ser mais populosa tem percentual mais baixo, mas contingente, um aumento maior”, diz Cimar.

Rendimentos

No segundo trimestre, o rendimento médio real (todos os ganhos recebidos no mês) de todos os trabalhadores ocupados foi estimado em R$ 1.882 – 1,4% maior em relação ao mesmo período do ano passado, que foi de R$ 1.855, porém estável (leve alta de 0,5%) na comparação com o trimestre anterior, que foi de R$ 1.892.

Fonte:G1.com.br




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