Porteiros, prefeitos de quadra e delegados usam aplicativo de mensagens para aumentar segurança nos condomínios residênciais


 

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Em agosto deste ano, a Polícia Civil prendeu o maior ladrão de bicicletas do DF — em seis meses, foram 80 bikes roubadas. Ele estava foragido e, segundo a investigação, agia nas garagens dos prédios residenciais em áreas como Asa Norte, Asa Sul, Noroeste, Sudoeste e Águas Claras. Para desvendar a série de crimes e colocar o acusado atrás das grades, a famosa troca de mensagens no aplicativo WhatsApp foi fundamental. Principalmente aquelas enviadas em um grupo criado pela delegada da 3ª Delegacia de Polícia Civil (Cruzeiro), Cláudia Alcântara, e os porteiros da Quadra 300 do Sudoeste.

Há três meses, os funcionários dos prédios fizeram curso de cinco horas com a investigadora em que foram repassados os tipos de crime, as artimanhas usadas pelos criminosos e o que fazer para manter a segurança dos edifícios. Ao final, eles criaram um grupo no WhatsApp: nele estão 35 porteiros, a delegada, agentes da delegacia e o prefeito da quadra. “Em caso de ocorrência ou de algo suspeito, a polícia pode ser acionada bem mais rápido. Essa é a ideia”, explica o prefeito da quadra, Adeildson Duarte, 52 anos.

Se antes a comunicação era feita via rádio, agora ela está ao alcance das mãos. Basta ter um smartphone com acesso à internet que uma informação chega de maneira eficiente para centenas de pessoas. “Hoje é tudo muito rápido. O grupo não para. São 24 horas trocando mensagens. Entramos em contato com a delegada e ela conosco, nos avisando para ficarmos atentos quanto a determinado suspeito. Podemos mandar fotos e vídeos, ainda”, descreve o porteiro Delian Rodrigues da Silva, 40. Certa vez, uma moradora do prédio onde ele trabalha o abordou para dizer que um rapaz em um carro preto estava perseguindo-a desde a saída da escola. Delian mandou uma mensagem no grupo e logo encontraram o homem em um edifício vizinho. Com o ladrão de bicicletas foi a mesma coisa. “Eu me sinto mais útil ajudando o outro. Além disso, a criminalidade diminuiu muito”, comenta o porteiro.

Fonte: Correio Braziliense




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