O Congresso Fenatec/Conatec 2015 teve sua abertura na última segunda-feira,23, e contou com a presença diversas autoridades e dirigentes sindicais para debater sobre os sindicatos representantes dos trabalhadores em edifícios e condomínios.
Durante o evento, sob a direção do presidente da Federação e da Confederação, Paulo Ferrari, autoridades e especialistas foram enfáticos em reafirmar a necessidade de se valorizar e fortalecer os sindicatos que representam os trabalhadores em edifícios e condomínios, como forma de garantir que a classe não perca direitos e desempenhe ainda melhor as suas funções em prol da sociedade. Eles também relembraram o atual cenário de crise vivenciado pelos trabalhadores brasileiros.
O presidente da Fenatec e da Conatec, Paulo Ferrari destacou os momentos de cerceamento de direitos que a categoria vem vivendo. Segundo ele, as entidades precisam se manifestar mais proativamente para que essas investidas não venham prejudicar os trabalhadores.
“Toda semana existe algum projeto para nos derrubar. Desse ano que passou, nossa atuação foi apenas para correr atrás do prejuízo e fazer com que não nos derrubassem. Precisamos fazer um documento e fazer parte da história. Temos que nos unir, nos juntar. Chega de ser coadjuvante e vamos construir a nossa história”, ressaltou Ferrari.
O deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP) também participou do evento de abertura e argumentou que busca estar presente nos congressos da Fenatec/Conatec por acreditar que os debates também auxiliem a encontrar soluções para a classe trabalhadora de uma maneira geral. Ele também falou sobre o atual cenário econômico do país.
“A crise atingiu todos os setores da sociedade e nós que estamos com mais de 9 milhões de pessoas desempregadas e teremos mais de 20 milhões em pouco tempo. A crise irá se aprofundar e cabe a nós, dirigentes sindicais, tentar amenizá-la. Eu me lembro que em outras crises os sindicatos conseguiram a recomposição de salário e cabe a nós continuar lutando para melhorar a condição de vida dos trabalhadores” afirmou o deputado.
Para Paulo Pereira da Silva, junto com as dificuldades financeiras e econômicas, há também uma constante tentativa de enfraquecimento dos sindicatos brasileiros. Segundo ele, o projeto que tramita na Câmara para regulamentar o financiamento da atividade sindical irá resolver o constante impasse entre as entidades de classe e o Ministério Público do Trabalho.
“Estamos passando para o movimento sindical dizer a proposta que devemos aprovar. A ideia que temos é discutir com vocês uma proposta, para que possamos aprovar na Câmara. Até o final de fevereiro, devemos ter um texto para aprovar na Casa. Temos até o começo de abril para resolvermos essa questão”, declarou
O vereador de Porto Alegre Clàudio Janta foi uma das autoridades locais que também registrou presença na abertura. Segundo ele, mais do que nunca as entidades precisam trabalhar a unidade sindical como forma de preservar os direitos dos trabalhadores.
“O trabalhador não pode ir a lugar nenhum, mas pode ir ao Sindicato, no horário de trabalho, fazer oposição. Nós temos que enfrentar isso, mas só vamos conseguir com a nossa unidade. Temos que proteger os que estão na luta. Nós vamos ter que lutar muito o ano que vem, pois estamos com mais de 9 milhões de desempregados e não temos mais seguro desemprego” ressaltou o vereador.
José Luis Oberto, presidente da UNI Américas Comercio, que é um sindicato a nível mundial, compartilhou as experiências vivenciadas por ele ao redor do mundo. Para o presidente, as várias entidades têm problemas em comum que precisam ser combatidos. “Eu estive em muitos congressos de diferentes setores e creio que há muitas necessidades que nos unem. Uma delas é a terceirização das grande empresas, que está sendo implementada no mundo e muitos trabalhadores não pertecem mais às suas empresas. Essa realidade é lamentável”, ressaltou Oberto.
Fonte: Conatec
