Com medo de assaltos, condomínios de Águas Claras restringem acesso de prestadores de serviço


* Matéria retirada do Jornal Correio Braziliense

 

 

condominio

Entregador de pizza, técnico de telefonia e TV a cabo, funcionário de farmácia e de empresas de fast-food estão proibidos de entrar em muitos condomínios residenciais de Águas Claras. A decisão é dos próprios conselhos de moradores dos prédios e tem um único objetivo: proteção. Na última semana, vários conjuntos habitacionais divulgaram para os moradores o perigo de assaltos por parte de bandidos que se passam por prestadores de serviços. De janeiro a julho, os casos registrados na polícia dobraram em relação ao mesmo período do ano passado, quando quatro residências foram roubadas.

No Residencial Carolina, na Quadra 301, a orientação entrou em vigor há uma semana, desde que souberam do assalto a outro condomínio. Lá, a restrição é para todas as operadoras de telefonia, internet e TV a cabo. Os funcionários das empresas só poderão entrar no condomínio após o morador avisar à portaria e passar nome, RG e matrícula do prestador. “É uma medida preventiva. Soltei esta liminar e até agora nenhum morador questionou”, explica o síndico do prédio, Geraldo Matias de Souza.

As ordens foram passadas para Expedito Araújo da Silva, 47 anos, porteiro do condomínio há 1 ano e 3 meses. Segundo ele, desde a implantação do sistema, um entregador foi impedido de entrar. “Não adianta chegar e pedir. Só com a permissão. Ele chegou sem e não deixei entrar. Assim é mais seguro, pois fico aqui sozinho. Imagina se acontece algo?”, pondera.

Quem trabalha com entregas já começou a notar o comportamento. Caso da empresária Sílvia de França Galvão Marques, 38. Ela trabalha com delivery de verduras há quase dois anos e tem percebido a mudança gradativa de comportamentos dos condomínios. “Percebi um bom aumento do início do ano para cá. Agora, em todos os prédios em que eu chego, não posso entrar”, conta Sílvia. Segundo a empresária, o novo trâmite não atrapalha o serviço. “Demanda mais tempo, mas é questão de segurança”, observou.

Restrição ampla
No condomínio da economista Alice Melo, 44, as restrições serão mais amplas. A medida está em forma de aviso nos elevadores e quadros de recados do local e começa a funcionar a partir de 1º de setembro. Funcionários que precisarem fazer algum tipo de serviço dentro dos apartamentos devem ser acompanhados por empregados do prédio. “O pessoal do condomínio avisou com antecedência para que os moradores pudessem se adaptar, e isso ajuda. Teremos que descer, mas o incômodo é menor do que garantir a segurança de todos”, comentou.

 

Fonte: Correio Braziliense




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